Permanece a imperativa pergunta: Como será o homem justificado diante de Deus? Se nossa excelência moral não é a base sobre a qual Deus nos declara justos, qual é? A grande razão pela qual tão grandes contestações se apresentam a esta pergunta é que ela é entendida em diferentes sentidos. A resposta bíblica e protestante seria absurda se a pergunta significasse como os Católicos (Romanos) e outros compreendem, se "justo" significa bom, isto é, se a palavra for tomada em seu sentido moral e não judicial, então é absurdo dizer que uma pessoa pode ser boa com a bondade de outro; ou dizer que Deus pode declarar bom a um homem que não é bom.
Quando Deus justifica o ímpio, não está declarando que ele é piedoso, mas sim que seus pecados foram expiados e que ele tem o título para a vida eterna com base na justiça. Nisso não há contradição nem absurdo. Se uma pessoa sob sentença de morte civil comparece ante o tribunal apropriado e mostra a causa pela qual essa sentença deve ser revogada em justiça, e que declara com direito a sua posição, títulos e propriedades, uma decisão em favor dela seria uma justificação. Ela seria declarada injusta aos olhos da lei, mas nada se declararia e nada haveria acerca de seu caráter moral.
Ora, a pergunta é: "Sobre que base pode Deus declarar justo o pecador neste sentido legal ou judicial?" Já se mostrou que justificar, segundo o uso bíblico normal, é pronunciar justo no sentido declarado, que não se trata meramente de perdoar e que não é fazer inerentemente justo ou santo. Já se mostrou que a doutrina da Escritura é intuitivamente verdadeira para a consciência, que nossa excelência moral, habitual ou concreta, não é nem pode ser a base de tal declaração judicial. Qual, pois, é a base? A Bíblia e o povo de Deus respondem unanimemente: "A Justiça de Cristo".
Quando Deus justifica o ímpio, não está declarando que ele é piedoso, mas sim que seus pecados foram expiados e que ele tem o título para a vida eterna com base na justiça. Nisso não há contradição nem absurdo. Se uma pessoa sob sentença de morte civil comparece ante o tribunal apropriado e mostra a causa pela qual essa sentença deve ser revogada em justiça, e que declara com direito a sua posição, títulos e propriedades, uma decisão em favor dela seria uma justificação. Ela seria declarada injusta aos olhos da lei, mas nada se declararia e nada haveria acerca de seu caráter moral.
Ora, a pergunta é: "Sobre que base pode Deus declarar justo o pecador neste sentido legal ou judicial?" Já se mostrou que justificar, segundo o uso bíblico normal, é pronunciar justo no sentido declarado, que não se trata meramente de perdoar e que não é fazer inerentemente justo ou santo. Já se mostrou que a doutrina da Escritura é intuitivamente verdadeira para a consciência, que nossa excelência moral, habitual ou concreta, não é nem pode ser a base de tal declaração judicial. Qual, pois, é a base? A Bíblia e o povo de Deus respondem unanimemente: "A Justiça de Cristo".
A ambiguidade das palavras, as especulações dos teólogos e os mal-entendidos podem levar muitos do povo de Deus a negar verbalmente que tal seja a resposta verdadeira, mas, não obstante, é a resposta dada pelo coração de cada crente. Para sua aceitação da sua parte de Deus, ele confia não em si próprio, mas em Cristo; não no que ele é ou tem feito, mas no que Cristo é e tem feito por ele.
Referencia Bibliográfica:
Hodge, Charles. Teologia Sistematica/Charles Hodge;(Tradução:Valter Martins) São Paulo,SP: HAGNOS,2001.
Referencia Bibliográfica:
Hodge, Charles. Teologia Sistematica/Charles Hodge;(Tradução:Valter Martins) São Paulo,SP: HAGNOS,2001.